Plantão do Tonhão

Chefe de quem?

Posted in Uncategorized by tonhaostrini on 08/06/2011

Nem discuto se Antonio Palocci deveria deixar (obviamente) ou não o Ministério da Casa Civil, com sua retórica infalível, que pouco explicou na única entrevista que deu. O que me entristece é a corja oposicionista que temos no Brasil.

Nem discuto também se na época de FHC o PT era a ‘salvação’ dos excluídos, mas que o PSDB está precisando de uma revolução, isso precisa urgentemente.

Na última terça, logo após a demissão de Palocci, estava ouvindo a Rádio CBN (sem luz em casa) e confirmaram o nome de Gleisi Hoffmann como sua substituta no cargo. Durante o Jornal da CBN 2ª edição, eles entrevistaram o senador Álvaro Dias. Já no final do papo, o âncora questiona o PSDBista sobre a escolha de Gleisi Hoffmann, sua conterrânea e concorrente no Paraná, para ser ministra-chefe da Casa Civil.

Ao que o nobre parlamentar respondeu: “Não cabe à oposição avaliar isso”.

E assim se resume a oposição brasileira. Álvaro Dias deve conhecer Gleisi há um bom tempo, sabe do que ela é capaz ou não, mas evitou dar sua opinião. É cômodo: ao primeiro erro, já sabemos quem sairá atirando; no acerto, deixa para o governo.

Ser da oposição não é ser contrário a tudo: é saber avaliar o que está certo ou errado. Enquanto a população brasileira não cobra, a oposição deve fazer isso. Mas não é necessário se abster de dar uma opinião.

Gleisi Hoffmann é uma boa escolha? Com o que não disse Álvaro Dias, creio que sim.

E o PSDB, comandado por políticos novos como FHC, José Serra, Sérgio Guerra e Álvaro Dias, precisa se renovar, se pretende atuar e seguir como um grande partido político. Uma revolução é necessária… Mas revolução é coisa da esquerda, né?

Obs.: No governo FHC, o principal ministério não era o da Casa Civil, e sim o da Fazenda. Alguém lembra quais foram os ministros da Casa Civil entre 1995 e 2002? Clóvis de Barros Carvalho no primeiro mandato, e Pedro Parente no segundo. Mas desde a era Lula a sustentação do governo passa pela Casa Civil, mais pelos escândalos do que pelos feitos. E assim caminha a brasilidade…

Pai e avô

Posted in Uncategorized by tonhaostrini on 26/05/2011

Desde que Camila nasceu, não tenho esquecido quase nunca dele. Talvez porque depois da correria em minha vida nos últimos nove meses eu tenha conseguido tempo para pensar.

Antes de sabermos que ela estava por vir, meu pai se foi. Viveu um pouco mais do que os médicos previam e não deu para avisá-lo da grande nova. Uma pena. Só posso imaginar o quão babão seu Amado seria. Sempre foi assim.

Fico envergonhado por ter tido a ideia de falar algumas palavras no último momento, antes do caixão se fechar, mas não ter aberto a boca. Mas tenho certeza que meu pai é quem protege Camila.

Quem me conhece sabe que não tenho qualquer religião, mas é difícil não pensar que quando Amado se foi Camila estava chegando. Também não sou de expressar muito os sentimentos, e infelizmente não pude falar ao meu pai o quanto o amava e ainda o amo. Farei isso mais vezes a partir de agora.

O que eu queria ter dito naquele dia 19 de setembro e que a desgraça da minha timidez impediu? É mais ou menos isso…

“Em muitas tardes de sábado, meu pai pedia para ligarmos a vários amigos dele. Ele não poupava nem as visitas para fazer tais telefonemas. Por vezes, achava um saco, mas hoje eu sei por que ele fazia isso: para manter as amizades. Porque é em um momento como este que ele, seja onde estiver, está vendo os amigos que sempre o quiseram muito, e por quem meu pai sempre quis. Aqui, vai o carinho de todos os seus queridos, em especial deste, que sempre foi o seu melhor amigo”.

Os dez primeiros dias de Camila

Posted in Uncategorized by tonhaostrini on 23/05/2011

Os amigos me perguntam ‘Qual a sensação de ser pai?’. Alguns até já respondem por mim, com ‘Deve ser indescritível!’. Eu digo sempre que é algo muito bom, fantástico. Mas a ficha ainda não caiu completamente.

Caso me questionem se é o Paraíso, normalmente falo: ‘Paraíso era no hospital, quando não precisávamos trocar fralda, dar banho, apenas receber visitas e pegá-la no colo’. Em casa, a realidade é bem diferente. E muito melhor.

Fralda, banho, mamada, visita, choro, sorriso enquanto dorme, caretas, mãos que não param quietas, é tudo novo e maravilhoso. Antes dela nascer, eu já dizia a todos: ‘Não cuidarei só da Camila, tem a Nati também’. E não deu outra.

Não carreguei a pequena nove meses na barriga, nem dei a luz e tampouco amamento. O restante, porém, é comigo. Dar atenção às duas não é obrigação, e sim um prazer.

Com certeza, muito mais está por vir. E por enquanto posso garantir: ser pai não é estar no Paraíso, mas compartilhar dele.

Obs: com a força que tem nas pernas, Camila começará a andar com cinco meses.
Obs 2: pergunta-padrão como ‘Ela é a cara de quem?’ terá a resposta ainda mais padrão. ‘Ela é bem dividida, tem um pouco dos dois’.
Obs 3: não é tão ruim ficar acordado nas madrugadas. O problema é querer sair da cama às 2 da tarde.

Você leva um pouco de mim, e eu te guardo até o fim

O acaso x Para sempre

Posted in Uncategorized by tonhaostrini on 06/10/2010

“O futebol brasileiro tem insuperável técnica individual, sentido de improvisação, inteligência, vivacidade, imaginação, reflexos, elegância e malícia. (…) Sendo um artista, e não um atleta, o jogador brasileiro apaixona-se de tal forma por sua arte que se deixa dominar por ela. Tem nervos sensíveis, é um temperamental, um imaturo, um soldado psicologicamente despreparado para a guerra”.

Acima, um artigo publicado pela revista France Football nos anos… 1950. Talvez essa definição não se encaixe apenas a jogadores, mas também a torcedores, dirigentes e similares.

Envolver-se com futebol é algo fascinante, em todos os termos. Da escolha do time à primeira ida ao estádio, das vitórias sofridas ao sofrer da derrota.

Desde a profissionalização do esporte bretão, a paixão só cresce. A cegueira, também. E a explosão emocional, então…

Ao ver jovens como Neymar deslubrando-se com o futebol, percebo que não fomos criados, seja pelos pais ou pelas escolas, para sermos meramente espectadores. Nós temos que fazer parte do ‘negócio’, temos que nos doar, nem sempre da maneira mais racional e leal possível.

Neymar é um caso de extremo interesse (do) público. E assim será em sua carreira, como aconteceu com Denílson, Robinho, Ronaldinho Gaúcho. E os torcedores já criaram sua relação de amor e ódio com estes e tantos outros que surgiram e continuarão a aparecer. São os artistas principais, que encantam por onde passam. Mas em algum ou todo momento de sua carreira, não sabiam o que fazer: parar; seguir, mas sem empenho; sumir; fazer birra; jogar contra aqueles que pagam seu salário ou escolhem quem entra em campo.

O artista vive do acaso, do lampejo de genialidade. O atleta é para sempre.

Que Neymar ainda consiga tornar-se indispensável, e que o futebol brasileiro não sofra mais com “temperamentais”, “imaturos”, “soldados psicologicamente despreparados para a guerra”. Mas também torcedores, dirigentes e similares.

Lembranças a Tiririca

Posted in Uncategorized by tonhaostrini on 10/09/2010

Como sempre, devido à grande fartura de candidatos nas eleições brasileiras, relembro aqui o estatuto do Partido do Ócio Produtivo (P.O.P.). Vote 00!

Partido do Ócio Produtivo (P.O.P.)

Nós somos todos POP
Viemos apresentar
A nova ideologia
Pra um político se virar

Não faça proposta alguma,
Muito menos qualquer emenda,
E deixe que os outros pensem
Que você está à venda.

No ócio produtivo
Vote sim ou vote não
Só pra ser prestigiado
Movendo um dedo da mão

Diga alguma coisa
Nem que seja frase feita
Esteja sempre sem sorriso
Parecendo uma careta
Insatisfeito sem saber
Mas seguindo esta receita
Importante é a impressão
Sem esforço, só na espreita

Comissão parlamentar
Faça logo suas apostas
Os outros têm as denúncias
E você com as respostas
Mas se é pra ler o relatório
Apareça com as propostas
Feitas pela assessoria
Ou por um grande guarda-costas

No fim do seu mandato
Sem fazer força nenhuma
Com a grana dos auxílios
Vá pra cama, deite e durma!

Ricardo Gomes, demita-se! O São Paulo não te merece

Posted in Uncategorized by tonhaostrini on 28/07/2010

Tenho pena do técnico do São Paulo. Não me conformo com esse diz-que-me-diz sobre demissão com um treinador que nem contrato tem com o clube. E essa tal diretoria não faz a menor questão de renová-lo.

Sim, Ricardo Gomes está no São Paulo porque existe uma cláusula que o garante enquanto o time for subindo na Libertadores. Mas por que então não estendem de uma vez pelo menos até o final do ano?

É uma falta de respeito tremenda, e o técnico não merece passar por esse descaso. É mais fácil o São Paulo contratar um treinador só para a Libertadores e deixar, sei lá, Milton Cruz comandando em todas as outras competições.

O São Paulo renovará com Ricardo Gomes se o time perder para o Inter por 4 a 1 no Beira-Rio e depois vencer por 2 a 0 no Morumbi, com arbitragem horrível e futebol perfeito? Duvido. Não há garantia de nada com essa diretoria. Ricardo Gomes, demita-se! O São Paulo não te merece.

Pior do que o emblema de 2014

Posted in Uncategorized by tonhaostrini on 23/07/2010

Há quase um ano escrevi post sobre Ricardo Teixeira (Uma verdade sobre a Copa no Brasil) e sua imagem ainda mais atrelada ao futebol brasileiro, que já está sob seu comando há 21 anos com outros quatro por vir.

Ele ainda não entendeu que ter plenos poderes não lhe dá garantia de nada, principalmente quando sua principal aliada virou inimiga durante o Mundial na África do Sul. Dar entrevista exclusiva a ela e colocar como certa a escolha de Muricy Ramalho como técnico da seleção brasileira não lhe dá garantia de nada, como bem mostrou o Fluminense, com quem o treinador está sob contrato.

Se reclamo quando um clube negocia diretamente com um jogador e ‘esquece’ que existe algo chamado contrato vigente com outro clube, o mesmo acontece com a CBF em sua tentativa de contratar Muricy.

A Copa de 2014 continua com a cara de Ricardo Teixeira, a quem ninguém mais suporta. É uma cara bem deformada, pior do que o emblema de 2014.

Sem remorso

Posted in Uncategorized by tonhaostrini on 23/07/2010

A surpresa é sempre bem-vinda. Sempre. E a capacidade de surpreender-se com uma novidade qualquer ainda faz lembrar que somos humanos e temos sentimentos.

Depois de aproveitar um dia de folga (havia meses sem escrever neste blog), apenas soube da reunião de Muricy Ramalho com Ricardo Teixeira e vi a entrevista do presidente da CBF à Globo dando tudo como certo.

Mas de repente tudo muda! Fluminense diz não e mantém Muricy como técnico, e a seleção de Teixeira ainda está a procura do seu.

É bom quando a surpresa aparece, é ótimo quando ficamos estarrecidos, é excelente se um sorriso espontâneo surge em nossa face. A Muricy, meus sinceros parabéns pela atitude. Deve doer, sim, quando a grande chance de sua vida profissional aparece a sua frente. Mas o não, por vezes, faz-se necessário. A vida continua. Na CBF, a morte chegou já há oito anos.

A volta do futebol arte… em 2014

Posted in Uncategorized by tonhaostrini on 03/03/2010

Júlio César; Maicon, Lúcio, Juan e Marcelo; Lucas, Denílson, Kaká e Diego; Ronaldinho Gaúcho e Alexandre Pato.

A seleção acima é formada por jogadores que atuam nos 13 principais clubes da Europa no momento: Barcelona, Real Madrid, Arsenal, Chelsea, Liverpool, Manchester United, Inter de Milão, Juventus, Milan, Roma, Bayern de Munique, Bayer Leverkusen e Schalke 04.

E ainda tem “para o banco” Felipe Melo, Daniel Alves, Mancini, Rafinha, Renato Augusto, Amauri, Julio Baptista. Não coloquei aqui atletas que atuam no Brasil, como Robinho, Gilberto, Adriano, e outros que jogam em times médios da Europa, como Luís Fabiano, Michel Bastos, Gilberto Silva, Josué.

Com certeza, a seleção acima jogaria bonito, para frente. Diferentemente da atual. Somos favoritos à Copa do Mundo da África do Sul, sem dúvida. Mas com um futebol europeu, quadrado, dependente de dois jogadores.

Espero que em 2014 o Brasil jogue com Neymar, Alexandre Pato, Adriano, Ganso, Coutinho, Wellinton Silva, e todos titulares! Cinco atacantes! Esse é o espírito brasileiro!

Veja abaixo jogadores brasileiros nos 13 principais clubes da Europa:

Barcelona – Daniel Alves, Maxwell
Real Madrid – Marcelo, Kaká
Arsenal – Denílson
Chelsea – Belletti
Liverpool – Diego Cavalieri, Lucas
Manchester United – Rafael e Fábio
Inter de Milão – Julio Cesar, Maicon, Lucio
Juventus – Felipe Melo, Diego, Amauri
Milan – Dida, Thiago Silva, Ronaldinho Gaúcho, Alexandre Pato
Roma – Doni, Juan, Mancini, Julio Baptista
Bayern de Munique – Breno
Bayer Leverkusen – Renato Augusto
Schalke 04 – Rafinha, Bordon

Feliz 2014, 2016…

Posted in Uncategorized by tonhaostrini on 02/03/2010

Leio hoje n’O Estado de S. Paulo matéria de Jamil Chade com a ministra de Relações Internacionais da África do Sul, Nkoana-Mashabane.

Sobre o preço dos ingressos, ela diz: “O governo brasileiro precisa se perguntar se o brasileiro médio terá como ir ao Mundial”. Depois, deu um conselho ao país: “Garantir que a infraestrutura construída para a Copa não seja apenas para a Fifa, mas para ser usada após o Mundial pela própria comunidade. O governo brasileiro precisa se perguntar qual o legado que quer deixar para a população”.

É melhor nem pegar os Jogos Pan-Americanos de 2007 como exemplo…